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A região administrativa integrada de desenvolvimento do polo Petrolina/PE – Juazeiro/BA, Brasil e as suas cidades criativas

R E S U M O
A cidade criativa é uma das formas encontradas pela UNESCO de ressaltar novas maneiras de as cidades realizarem seus processos econômicos, relacionados ou aplicados nas rotinas das regiões.

O objetivo deste estudo foi identificar as características que fazem da Região Integrada de Desenvolvimento Econômico (RIDE) do Polo Petrolina (PE) – Juazeiro (BA) uma potencial candidata a uma vaga no seleto grupo da Rede de Cidades Criativas – RCC da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura (UNESCO). Complementarmente, pretendeu-se apontar os benefícios da inserção da região nessa Rede que, entre outros objetivos, busca a cooperação entre as cidades, o desenvolvimento cultural, turístico, criativo, econômico e a diminuição das desigualdades sociais, através da Economia Criativa. Desse modo, trata-se de uma pesquisa qualitativa, exploratória, descritiva e bibliográfica, onde para seu desenvolvimento utilizou-se a revisão sistemática de literatura (RSL) com vistas a atender a critérios relevantes.

Os principais achados apontam que a região da RIDE de Petrolina possui características e elementos como infraestrutura de transporte e potencial socioambiental e cultural que podem torná-la
uma região polo de desenvolvimento econômico criativo.

DOI: 10.48017/dj.v9i1.2344

Introdução
O mundo passa por grandes transformações provocadas pelo avanço das tecnologias, onde as desigualdades sociais crescem e os empregos são reduzidos com a frequente substituição do homem por máquinas. Essas mudanças têm aumentado à necessidade de reinvenção das sociedades e das formas de promoção de um mundo sustentável.
O Brasil, apesar de ser considerado por muitos especialistas o primeiro colocado no ranking mundial de países com maiores belezas naturais, se coloca em posição mediana no que tange a quantidade de turistas estrangeiros, de acordo com o Fórum Econômico Mundial, ficando apenas na 32ª posição (RESENDE, 2019).


Neste aspecto, anualmente são abertas inscrições para a Rede de Cidades Criativas (RCC) da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura (UNESCO). “A promoção das ações cooperativas, em âmbito internacional, é um dos objetivos da RCC”, a fim de estabelecer políticas conjuntas em que “as cidades envolvidas possam interagir em prol dos investimentos criativos direcionados ao desenvolvimento urbano e à sustentabilidade, à inclusão social e à disseminação cultural” (MIRSHAWAKA, 2017, p.94).


Entre os principais benefícios da participação das cidades no programa, podemos citar o fomento ao turismo, o fortalecimento das atividades culturais, a proteção aos bens públicos, equipamentos urbanos, patrimônios históricos e o estímulo à Economia Criativa, conceituada por Howkins (2013) como uma das mensurações quanto a utilização de atividades intelectuais dentro do ambiente econômico. Ainda, de acordo com Soete (2018), essa metodologia econômica promove uma nova observação do mercado quanto ao processo de utilização de recursos além dos mensurados por produtos.


A Economia Criativa no Brasil não é definida ou mensurada de forma consistente. O aumento da consciência estratégica da Economia Criativa resultou em uma plêiade de abordagens, notadamente em 2011, com a criação da Secretaria de Economia Criativa (SEC), subordinada ao Ministério da Cultura, que conduziu ao desenvolvimento do Plano da Secretária de Economia Criativa para o período 2011-2014. Dentro do governo federal, o documento foi classificado como um plano interministerial, articulando vários parceiros institucionais, agências de desenvolvimento, agências bilaterais e multilaterais (HOWKINS, 2013).


A RIDE do polo Petrolina – Juazeiro é composta, além das duas cidades, por Casa Nova, Curaçá e Sobradinho, no estado da Bahia; Lagoa Grande, Orocó e Santa Maria da Boa Vista, no estado de Pernambuco. Foi instituída pela Lei Complementar nº 113/2001 e regulamentada pelo Decreto nº 4.366/2002, com o objetivo de articular e harmonizar as ações administrativas da União, dos Estados e dos municípios para a promoção de projetos que visem à dinamização econômica e provisão de infraestruturas necessárias ao desenvolvimento, em escala regional (BRASIL, 2015).


Com localização estratégica, a RIDE serve de ligação entre diversas regiões do país e possui área total de 33.442 km² (Brasil, 2015). É importante destacar que por lei, só as referidas cidades fazem parte da RIDE, mas na prática, cerca de 50 cidades, em um raio de 300 quilômetros da área conurbada de Petrolina-PE e Juazeiro (BA), dependem da região e vice- versa.


No que tange ao Plano de Ação Integrada e Sustentável da RIDE Petrolina – Juazeiro, elaborado pelo Ministério da Integração Nacional, em 2010, a lei de criação “privilegia o investimento em recursos para projetos com ênfase em irrigação, recursos hídricos, turismo, reforma agrária, meio ambiente, sistemas de transporte, os demais relativos à infraestrutura básica e geração de empregos” (BRASIL, 2010, p. 27).


A fim de oportunizar o desenvolvimento econômico a partir da diversificação da estrutura sistemática das organizações participam e compartilham de tais objetivos, a RIDE impulsiona ações que visam a tais escopos como uma maneira de, juntamente do Governo Federal, e da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba – CODEVASF, promover um desempenho interno capaz de estimular as cidades criativas e das capitais litorâneas. Nesse sentido, “tais avanços representam uma natureza promovedora do desenvolvimento dessas cidades, a partir pressuposto de que devem agir direcionados ao fortalecimento desses municípios” (BRASIL, 2010, p.40).
Regulamentada pela Lei Complementar nº 113/2001, além do Decreto nº 4.366/2002, a RIDE do polo Petrolina contempla oito municípios que, por meio dessas legislações, têm suas atividades administrativas mantidas em articulação entre os entes federativos. Nesse contexto, há uma ação conjunta entre as esferas municipal, estadual e federal, para que se possa promover o desenvolvimento da infraestrutura e a diversificação econômico-cultural direcionado à evolução dos projetos regionais respectivos (BRASIL, 2015).


De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população da RIDE, no ano de 2010, era de 686.410 habitantes, espalhada pelos seus oito municípios (BRASIL, 2010), população esta, que tem aumentado, sendo estimada em 779.351 habitantes no ano de 2017 (BRASIL, 2018).
Considerada uma região próspera e inovadora, a RIDE ainda encontra dificuldades para a resolução dos problemas que envolvem os interesses comuns aos entes federativos que a compõem, entre eles, o do sistema de transportes público, a segurança pública, a conservação dos bens públicos, dos equipamentos urbanos, a proteção aos patrimônios históricos e culturais e o fomento à Economia Criativa.


Desse modo, tratando-se da área objeto desse estudo, verifica-se um grande potencial natural e cultural, que pouco é aproveitado pelos gestores e pela população das cidades

pertencentes a RIDE. Sendo assim, buscamos problematizar o que a região possui de atrativos capazes de colocá-la em posição de participar da Rede de Cidades Criativas da UNESCO e quais os benefícios que poderão ser usufruídos pelas populações das cidades, em caso da inserção.


Diante desta contextualização, este trabalho teve como objetivo demonstrar aos gestores e à sociedade em geral das cidades pertencentes à Região Administrativa Integrada de Desenvolvimento (RIDE) do polo Petrolina (PE) – Juazeiro (BA) a relevância da candidatura, enquanto Região Integrada de Desenvolvimento, à Rede de Cidades Criativas da UNESCO. Os objetivos do trabalho estão diretamente ligados à promoção da sustentabilidade econômica, social e ambiental e alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS) da Organização das Nações Unidas.


Assim, pretendeu-se com o estudo elencar as características naturais, históricas e culturais da RIDE Petrolina – Juazeiro, capazes de elegê-la como Cidade Criativa e, apresentar os benefícios que a inserção da região na Rede de Cidades Criativas da UNESCO pode trazer para a população das cidades pertencentes a RIDE. Portanto, os resultados encontrados na pesquisa apontam que uma das principais saídas para a diminuição das desigualdades sociais no Brasil, redução do desemprego e promoção do desenvolvimento sustentável, está diretamente ligada ao uso do que o país tem de melhor, o seu povo e as suas belezas naturais, através do turismo. Sendo assim, a inserção da RIDE Petrolina – Juazeiro na Rede de Cidades Criativas da UNESCO representa um grande avanço na constante busca pelo desenvolvimento regional.


Referencial Teórico
Um dos principais aspectos que fundamentaram o estudo realizado consiste em uma apresentação das principais características da economia nas cidades criativas, promovendo uma avaliação de como as questões econômicas influenciam, diretamente, no processo de compreensão de uma cidade como criativa. A cidade criativa é uma das formas encontradas pela UNESCO de ressaltar novas maneiras de as cidades realizarem seus processos econômicos, relacionados ou aplicados nas rotinas das regiões. Compreendendo que nas localizações onde as atividades econômicas são promovidas sem o cunho produtivo ou industrial, por meio das ações intelectuais dos indivíduos passam a ser compreendidas como uma forma diferente de economia. Na Tabela 1, descrevemos algumas informações ferais dos municípios da região de nosso objeto de estudo para a contextualização dessa área como uma possível região criativa:

Uma cidade pode ser entendida como um conjunto de relações sociais. Diferentes sociedades e diversos grupos dentro delas tendem a ter redes sociais muito diferentes, por esta razão compreender essa diversidade é importante. Em muitos dos chamados projetos de remoção de favelas, muitas vezes se presume que as condições físicas de melhor qualidade em novos prédios públicos ou apartamentos levariam a melhorias nas condições sociais, enquanto a importância das redes sociais tem sido ignorada (MEHEDFF, 2012). Assim, preservar as redes sociais tornou-se, mais tarde, muito mais importante para alguns moradores do que moradias melhoradas fisicamente em locais menos acessíveis com menos espaço para relacionamentos sociais.


Um dos aportes teóricos utilizado como base para fundamentar esta pesquisa será o livro de Mirshawaka (2017), intitulado Cidades Criativas. Nele o autor apresenta os resultados de uma série de estudos voltados para as cidades criativas no contexto mundial, trazendo, desde uma revisão de literatura sobre conceitos, aplicabilidade e elementos de cidades consideradas criativas, até estudos voltados para as transformações que as centenas de cidades mundiais tiveram para conquistar os seus títulos de Cidades Criativas.


Além da obra de Mirshawaka (2017), foram utilizados na pesquisa artigos científicos provenientes da revisão sistemática de literatura, dados secundários como notícias veiculadas na mídia regional, consulta a sites especializados em turismo, documentos de caráter público disponibilizados na internet, dados, fotografias e documentos coletados durante as atividades de coleta de dados em campo.


De acordo com Lerner (2011), a cidade criativa deve saber como detectar seus problemas em qualquer ordem, estudá-los, avaliá-los e realizar as ações correspondentes, e estas, por sua vez, devem ser criativas. Toda criatividade supõe uma mudança que vai responder a um projeto, e isso está inscrito em um contexto. Há outra maneira pela qual as cidades são definidas e conhecidas como criativas: explorar seus recursos existentes ou colocar seu potencial em jogo.

Uma cidade não deve deixar de valorizar à sua história, às suas tradições, mas deve ativá-las em graus de perfeição e memória histórica e, ao mesmo tempo, através da inovação, atualizar o seu significado, antecipar o futuro fazendo memória dele.


Na visão de Reis e Kageyama (2011), a cidade denominada criativa é aquela que aproveita todos os aspectos da sociedade (cultura, economia, inovação, oportunidade) para promover atividades lucrativas ou um retorno quanto ao ponto de equilíbrio social. O autor considera que ela é uma das formas atuais de observar novas oportunidades dentro do campo empresarial, sendo uma melhoria quanto ao processo de produtos ou serviços de acordo com o aspecto intelectual.


Entre as principais Cidades Criativas do mundo, que fazem parte da RCC da UNESCO, pode-se citar: Fortaleza, Belém, Salvador, João Pessoa, Florianópolis, Curitiba, Brasília, Paraty, Santos e Belo Horizonte. Todas são cidades brasileiras que devido a economia ou rotina empresarial aplicada se tornaram fundamentais para que as formas gerenciais ou organizacionais destas cidades sejam consideradas criativas.


As cidades criativas se beneficiam da sua importância histórica como ponto focal, geográfico e econômico. Segundo Reis (2011), uma cidade criativa deve ser focada no estabelecimento de um processo que garanta a integração demográfica e o estímulo a pessoas e empresas que se preocupam com questões como valores culturais, comunidade, atenção, justiça, inovação, gênero, equidade racial e religiosa, gerando, assim, uma economia baseada em valor.


Na concepção de Florida (2012) a ideia da Cidade Criativa é a política do dia, no cardápio de todos, e lança algumas indagações: O que há para não gostar? Quem gostaria de ser uma ‘cidade não criativa’? E se pudermos ser a cidade criativa mais destacada entre tantas outras? Em um mundo em que muitas cidades sofreram com a desindustrialização ou com a imigração em massa, houve uma descrença nas bases econômicas tradicionais para cumprir o prometido; o desejo da maioria é atrair o estoque cada vez menor de investimento estrangeiro direto móvel e, portanto, gerar novos empregos.


As cidades criativas no mundo moderno são tipicamente organizadas em torno de sistemas de produção marcados por redes interfirmas mutantes e mercados de trabalho flexíveis dos tipos descritos acima. Essas estruturas fornecem uma base, essencial para altos níveis de geração e intercâmbio de informações e para experimentação frequente por empresas individuais em relação a processos e produtos industriais (REIS, 2017). A própria fluidez das economias de cidades como essas significa que as empresas e os trabalhadores que as compõem estão constantemente em contato uns com os outros de maneiras que ajudam a desencadear diversas energias inovadoras.


Um dos aspectos mais observados no processo de desenvolvimento de uma cidade criativa consiste no processo cultural, uma vez que esses impactam no processo econômico da

região. Para Silva (2012b), a cultura é um dos principais contribuintes das economias criativas, pois promovendo eventos dentro do âmbito cultural, uma cidade pode obter uma estabilidade financeira ou mesmo evoluir economicamente.


Uma das principais formas de avaliar a cultura como um instrumento econômico pode exemplificar-se pelo carnaval do Rio de Janeiro, onde grande parte do progresso econômico ocorre junto ao desenvolvimento de programas ou programações de carnaval. Matos (2017), ressalta que a economia criativa no caso das regiões onde os traços culturais são expressivos vem crescendo, promovendo uma oportunidade de estabilidade financeira em muitos lugares. Ainda abordando sobre os aspectos econômicos criativos, pode-se verificar que a gastronomia também ingressa como uma forma de promover uma rotatividade de consumo atrelado a cultura local, dando as cidades uma base econômica considerada estável (Santos; Pinto; Guerreiro, 2016).

A gastronomia é uma manifestação cultural importante, em que a cozinha é um símbolo da cultura, da memória e, também, da identidade de um povo, tanto que tem sido reconhecida como patrimônio cultural, o que contribui diretamente no processo de valorização do turismo cultural, pois oferece experiências singulares ao turista e colabora na permanência das cozinhas regionais (PIRES; QUEIROZ; RODRIGUES, 2013).


Reis (2008) também entende que a gastronomia está para além da cozinha, definida por ele como um aperfeiçoamento da alimentação, que passou pelo estágio da cozinha e alcançou um nível de especialização até então jamais visto. A comida, uma ação da cultura sobre o alimento, ganharia distância da natureza à medida que essa transformação adquire maior complexidade. A prática gastronômica expressa a vida cotidiana: o labor, a saúde, o momento político, os conflitos ideológicos, a inflação, a penúria, a bonança, a herança cultural e os costumes. Muitas pessoas passam a se autodefinirem vegetarianos, carnívoros, macrobióticos, entre outros.


Diante das informações apresentadas pode-se verificar que no mercado gastronômico alguns processos são fundamentais e devem ser devidamente observados pelos gestores, como é o caso do cardápio e das particularidades dos locais onde serão estabelecidos os empreendimentos (RICHARDS, 2010).


Assim, como as demais atividades realizadas, cozinhar requer certos cuidados e certas práticas a fim de minimizar, principalmente, o comprometimento dos alimentos ou produtos utilizados na elaboração dos pratos. Existem muitos casos de pessoas que contraíram doenças depois da ingestão de alimentos contaminados ou malconservados. Vale destacar que, de acordo com os pontos apresentados por Vieira (2013) as condições e procedimentos econômicos trazidos pelas cidades evidenciadas, ao longo do presente artigo, apresentam todas as condições ou solicitações para serem incluídas no processo de identificação como cidades criativas.

Metodologia
Localização geográfica
A RIDE do polo Petrolina – Juazeiro é composta, além das duas cidades, por Casa Nova, Curaçá e Sobradinho, no estado da Bahia; Lagoa Grande, Orocó e Santa Maria da Boa Vista, no estado de Pernambuco. Foi instituída pela Lei Complementar nº 113/2001 e regulamentada pelo Decreto nº 4.366/2002, com o objetivo de articular e harmonizar as ações administrativas da União, dos Estados e dos municípios para a promoção de projetos que visem à dinamização econômica e provisão de infraestruturas necessárias ao desenvolvimento, em escala regional (BRASIL, 2015).

Nota: Dados da Pesquisa (2022)
No que se refere aos objetivos, este estudo pode ser considerado descritivo, em se tratando dos conceitos resgatados sobre a temática de Cidades Criativas e Economia Criativa; também é informativo, ao passo que um de seus objetivos é informar aos gestores e a população pertencentes à RIDE do polo Petrolina – Juazeiro as possibilidades e os benefícios de a região participar da Rede de Cidades Criativas da UNESCO, podendo ser considerada como qualitativa.

O primeiro passo para a construção do estudo foi realização de um levantamento bibliográfico sobre a Rede de Cidades Criativas da UNESCO e as características que dão às cidades esse status.
Vencida a etapa dos conceitos e normas, foram realizadas outras pesquisas secundárias em sites e jornais sobre a participação na Rede e exemplos de cidades que tiveram grandes transformações no seu contexto social através da criatividade.


O terceiro passo foi realização de uma Revisão Sistemática de Literatura (RSL) sobre o tema, abordando artigos científicos publicados entre 2015 e 2020, com o foco nas Cidades Criativas brasileiras, a fim de cumprir com os objetivos propostos para o estudo.


Quanto aos artigos da Revisão Sistemática de Literatura (RSL), Van Wee e Nanister (2015) apud Loureiro et al. (2016) destacam que “são úteis tanto para pesquisadores quanto para os leitores por fornecer uma visão geral, atualizada e estruturada de uma área específica do conhecimento”. Para a RSL foram utilizadas plataforma SciELO e o Google Acadêmico.


Nas bases de dados seguimos os seguintes passos, primeiramente, foi acessada a área de pesquisas da plataforma, onde foram utilizadas as palavras-chave “Cidade Criativa” no campo “com todas as palavras”, entre aspas, foi marcado o campo “em qualquer lugar do artigo” e foram desmarcados os campos “incluir patentes” e “incluir citações”, totalizando um número de 1.640 trabalhos.


Como critérios de exclusão foram utilizadas as publicações anteriores a 2015 e publicadas em língua diferente do português, resultando em novo número de 891 trabalhos. O passo seguinte foi a marcação do campo “no título do artigo”, a fim de pesquisar com exatidão as ações voltadas diretamente para a temática, resultando em 46 trabalhos.


A etapa seguinte foi ler os títulos e resumos dos trabalhos selecionados até então, excluindo os materiais diferentes de artigos científicos, que não estivessem ligados às experiencias de cidades brasileiras com a Rede de Cidades Criativas da UNESCO, resultando em 5 artigos.

A Revisão Sistemática de Literatura (RSL) teve como objetivo trazer um caráter de atualidade para o estudo, incluindo contribuições de publicações recentes (dos últimos 5 anos) e que estivessem de acordo com os objetivos deste estudo. O Quadro 1 traz a relação dos trabalhos, organizados por ano, título, autores, tipo, fonte e Qualis CAPES:

A análise dos dados foi realizada de forma qualitativa contextualizando-se os resultados encontrados com os objetivos do estudo, levando-se sempre em consideração os aspectos

regionais que serviram para orientar os pesquisadores sobre as aplicações práticas do estudo na RIDE do polo Petrolina – Juazeiro.


Conforme Closs e Oliveira (2014), as questões regionais são os principais impactantes quando tratamos de economia e cidade criativa, dando um êxito ainda maior para os trabalhos ou empreendimento desenvolvidos no campo intelectual. Sendo assim, ressaltamos quais instrumentos ou processos empresariais são destacamos, dentro da visão da UNESCO, como metodologias relevantes para as cidades criativas.

Resultados e Discussões
O potencial criativo das cidades da RIDE Petrolina – Juazeiro A fruticultura irrigada.


A Região constitui-se em polo de desenvolvimento tecnológico da fruticultura irrigada, tornando-se a maior exportadora de frutas do país (BRASIL, 2015, on-line). A plantação e colheita das frutas é realizada, em sua grande maioria, nos diversos Projetos de Irrigação (PI) espalhados pelo território dos municípios pertencentes à RIDE, demonstrando uma grande importância financeira e social das zonas rurais. De acordo com dados da CODEVASF:


Em termos econômicos, no ano de 2016, os resultados mais expressivos do Valor Bruto da Produção foram os PI Senador Nilo Coelho (R$ 1,39 bilhão), Curaçá (R$ 135 milhões), Maniçoba (R$ 116 milhões), Tourão (R$ 101 milhões), Bebedouro (R$ 44 milhões) e Mandacaru (R$ 9 milhões). Estima-se que atualmente estes projetos de irrigação gerem em torno de 81 mil empregos indiretos e 54 mil empregos diretos, totalizando 135 mil empregos no ano de 2016 (LIMA, 2017, s.p. on-line).


A geração de empregos proporcionada pela fruticultura irrigada fixa os moradores na região e atrai forasteiros em busca de oportunidades de trabalho. Estima-se que, apenas nos Projetos de Irrigação da região, são gerados mais de 130 mil empregos diretos e indiretos. Ainda segundo estimativas do ano de 2010, mais de 20 mil empregos são gerados pela fruticultura irrigada fora dos PIs (BRASIL, 2010).


Além da geração de empregos e do desenvolvimento provocado pela fruticultura irrigada, a população local pode se beneficiar da qualidade das frutas produzidas e vendidas, a preços justos, na feiras e supermercados da região, elevando a qualidade de vida da população da RIDE.

O polo vinicultor
Recentemente, a RIDE Petrolina – Juazeiro tornou-se o segundo polo vitivinicultor do Brasil, com produção anual de 7 milhões de litros de vinho ou 15% da produção nacional. Deste percentual, 30% são vinhos finos, premiados nacional e internacionalmente, produzidos nas oito vinícolas instaladas nos municípios de Lagoa Grande-PE, Santa Maria da Boa Vista-PE e Casa Nova-BA (BRASIL, 2015, on-line).


É importante destacar que nenhuma das vinícolas instaladas na região opera nas cidades de Petrolina-PE ou Juazeiro-BA, reforçando a ideia de que todas as cidades pertencentes à RIDE são de grande importância para o desenvolvimento regional. Acrescenta- se ainda que, além dos vinhos e espumantes produzidos e vendidos para os mercados interno e externo, estas cidades incrementam a economia da RIDE com o comércio, o turismo e os produtos relacionados.

A infraestrutura de transportes
A RIDE dispõe da infraestrutura do Aeroporto Internacional de Petrolina, da Hidrovia do rio São Francisco, com o Lago de Sobradinho (um dos maiores lagos artificiais do mundo) e possui ligação rodoviária com as principais capitais do Nordeste (Brasil, 2015). Sendo cortada pelas BRs 122, 235 e 407, que também dão acesso a outras importantes rodovias do país, a região concentra grande movimento de veículos na ponte Presidente Eurico Gaspar Dutra, que liga as cidades de Petrolina-PE e Juazeiro-BA, chegando a um tráfego diário de 38 mil veículos (BRASIL, 2010).


O Aeroporto Senador Nilo Coelho foi criado em 1941 e suas obras acabaram em 2004 (Brasil, 2010, p. 95). Além de representar outro grande eixo do desenvolvimento através do deslocamento rápido de passageiros, passa por ele grande parte da produção de frutas da região, exportadas para a África, Ásia, Europa e América do Norte. De acordo com Neves (2016, on-line) o aeroporto possui a segunda maior pista de pouso da região Nordeste, com 3.250 metros de comprimento e capacidade para receber grandes aviões cargueiros, a exemplo do Boeing 747-400, que pode transportar mais de 100 toneladas de uma vez, com autonomia para 13 horas de voo.

O polo médico-hospitalar
A área da saúde também merece destaque especial na RIDE Petrolina – Juazeiro, pois atrai diariamente milhares de pacientes de diversas cidades da região, em busca das redes pública e privada de saúde. Além de gerar milhares de empregos, capta investimentos e contribui para a melhoria da qualidade de vida da população.


De acordo com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) (2018, on- line), o Hospital Universitário de Petrolina é a maior unidade hospitalar da RIDE e serve de referência para uma população aproximada de 2.068.000 habitantes espalhados por 53 municípios dos Estados de Pernambuco e Bahia. Em conjunto com a Policlínica do HU, integram o Sistema Único de Saúde (SUS) e são campos de estudos para os cursos de saúde oriundos não só da Universidade Federal do Vale do São Francisco, como também de outras instituições de ensino superior e escolas técnicas de saúde da região.


De acordo com o Plano de Ação Integrada da RIDE Petrolina Juazeiro (Brasil, 2010, 108), no ano de 2007, a região já contava com 25 unidades hospitalares e 1.160 leitos hospitalares, com cerca de 86% desses leitos localizados nas cidades de Petrolina-PE e Juazeiro-BA.

O polo educacional
A educação é um dos grandes eixos do desenvolvimento da RIDE e atrai alunos de diversas regiões do país. A região se destaca pela quantidade de vagas ofertadas nas instituições públicas e privadas de ensino médio, técnico, superior e pela qualidade dos cursos atestados pelo Ministério da Educação (MEC). O atendimento às demandas de transporte público para todo esse público estudantil demanda uma sintonia entre o poder público, operadores e usuários do sistema de transporte público.


Entre as principais universidades situadas na RIDE, destacam-se: a Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), a Faculdade de Ciências aplicadas de Petrolina (FACAPE) e o campus da Universidade de Pernambuco (UPE) e Universidade do Estado da Bahia (UNEB), sediados em Petrolina e Juazeiro, respectivamente. Os Institutos Federais de Ciência e Tecnologia (IFs) também se fazem presente na região oferecendo ensino médio, técnico, profissionalizante de curta duração, graduação e pós-graduação, lato e stricto sensu, além de inúmeras faculdades privadas.


A região também possui grande oferta de cursos técnicos e profissionalizantes. O Sistema “S”, definido como “o conjunto de organizações das entidades corporativas voltadas para o treinamento profissional, assistência social, consultoria, pesquisa e assistência técnica, formado por entidade que, além de terem seu nome iniciado com a letra S, têm raízes comuns e características organizacionais similares” (Brasil, 2018, s.p., on-line), capacita profissionais para o mercado de trabalho. Instituições como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o Serviço Social do Comércio (Sesc), o Serviço Social da Indústria (Sesi), o Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio (Senac) e o Serviço Social de Transporte (Sest), oferecem, além dos cursos profissionalizantes, serviços de saúde, educação, esporte e cultura para a comunidade em geral.

A riqueza cultural e patrimonial
Durante todo o ano, ocorrem manifestações culturais importantes em todas as cidades da RIDE, que vão desde eventos religiosos até festas populares, com destaque para a festa de Nossa Senhora da Grota e o Carnaval, em Juazeiro-BA; a festa de São João, em Petrolina-PE;

a Festa da Uva, em Lagoa Grande-PE; a Festa dos Vaqueiros e a romaria à Gruta de Patamuté, em Curaçá-BA; a Serenata da Saudade, em Santa Maria da Boa Vista-PE; o Festival Cultural de Orocó-PE; o Forró do Vaqueiro, em Sobradinho-BA; e, a Festa do Interior, em Casa Nova- BA. Tais festejos, além de movimentar a economia local, ajudam a divulgar as cidades e manter uma identidade regional.


O Carnaval de Juazeiro foi oficializado em 1914 (Costa, 2015), com grandes apresentações artísticas, blocos de rua e trios elétricos, representa parte da cultura baiana em forma de festa. O São João de Petrolina-PE, realizado todo mês de junho, também recebe atrações em nível nacional e costuma arrastar multidões para o pátio de eventos Ana das Carrancas. A Festa dos Vaqueiros de Curaçá-BA envolve religiosidade, festa e regionalismo, proporcionando uma verdadeira imersão na cultura nordestina.


A região também é repleta de patrimônio cultural material. Igrejas, museus, teatros, centros de eventos, esculturas e estátuas ajudam a embelezar as cidades e atraem turistas. O teatro Raul Coelho, na cidade de Curaçá (BA), fundado no século XIX, em plena atividade até a atualidade, é um símbolo da história local (CARVALHO, 2011, on-line).

Mais vocações para a Economia Criativa (EC)
A Economia Criativa tem se tornado uma ótima alternativa para as cidades se desenvolverem através do uso de suas riquezas naturais e dos seus talentos humanos. Em todas as cidades da RIDE, podemos identificar o potencial de exploração da Economia Criativa, mas, infelizmente, em muitas delas, gestores e população ainda não se especializaram para aproveitar todo o seu potencial.


Mirshawaka (2017) detalha as características que podem fazer com que uma cidade seja considerada criativa, sendo que todas abarcadas pela Lei de criação da RIDE Petrolina – Juazeiro têm potencial de dar esse status a região. Entre elas, podemos citar: o turismo, o potencial de geração de energia produzida a partir de fontes renováveis, os eventos corporativos realizados na região, a engenharia de alimentos, entre outras.


Passeios pelas vinícolas e parreirais de uvas, às diversas ilhas fluviais ao longo do rio São Francisco, às dunas de Casa Nova-BA, aos diversos sítios arqueológicos e históricos, ao hotel fazenda situado em Curaçá-BA ou, até mesmo a (fruição) do pôr do sol nos 800 metros da travessia de barco entre as cidades de Petrolina-PE e Juazeiro-BA, fazem com que os turistas se apaixonem e gastem pela região.


O lago de Sobradinho é outro importante vetor do desenvolvimento regional. Com mais de 300 Km de comprimento por 20 Km de largura, proporciona grande variedade de atividades econômicas que vão desde o transporte de passageiros até a geração de energia elétrica (BRASIL, 2010, on-line). Graças a ele, a região se tornou grande produtora de energia gerada através de fontes renováveis. De acordo com a Companhia Hidrelétrica do São Francisco –

(CHESF, 2016, on-line), a Usina Hidroelétrica de Sobradinho, operando desde o ano de 1979, possui potência instalada de 1.050.300 kW e é responsável por cerca de 7% do abastecimento da região Nordeste.


Recentemente, o lago tem recebido grande investimento para a instalação, de forma pioneira, da Usina Fotovoltaica Flutuante do Reservatório de Sobradinho. De acordo com a CHESF (2018, on-line), na primeira fase de implantação foram instalados 7.300 módulos de placas solares, a um custo de 13 milhões de reais, proporcionando uma capacidade instalada de 1 MW pico (MWp).


Essas características podem muito bem incluir as cidades pertencentes à RIDE na Rede de Cidades Criativas – RCC da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura (UNESCO), inclusão que depende de vontade política dos gestores e algumas adequações de legislações e estruturas.


Vale considerar que esses são apenas alguns dos atrativos das cidades do polo da RIDE Petrolina – Juazeiro. O comércio, a vida noturna, a relativa tranquilidade das cidades e a hospitalidade do seu povo, também costumam atrair bastantes visitantes e novos moradores para a região.

Os Benefícios da Inserção da RIDE na Rede RCC da Unesco
Levando-se em consideração todos as características da RIDE elencadas na subseção anterior, verifica-se um grande potencial para enquadramento da região na Rede de Cidade Criativa da UNESCO.


Entre outros benefícios, a inserção na Rede poderá: a) fomentar o turismo e consequentemente, o aumento da quantidade de empregos; b) estimular o compartilhamento de informações e a cooperação entre as cidades pertencentes à RIDE; c) fazer com que gestores públicos e a população deem mais valor aos bens públicos e equipamentos urbanos; d) estimular a proteção aos bens naturais; e) trazer investimentos para a região; f) divulgar e enriquecer a cultura regional através do intercâmbio com outras cidades e outros países; g) fortalecer os laços regionais; e, h) aumentar a capacidade de incentivos à Economia Criativa.


Portanto, consideramos que o desenvolvimento de ações coordenadas entre as cidades pertencentes a RIDE e o fomento de políticas públicas na região podem ser fundamentais para a consolidação da região como uma área criativa, devido às várias características que já foram elencadas anteriormente.

Considerações Finais
Com o presente estudo conseguimos obter uma compreensão inicial sobre nosso objeto de estudo, assim como, ter uma visão mais profunda sobre o problema de pesquisa elegido neste trabalho. Podemos verificar que a RIDE possui atrativos que foram elencados e contextualizados de acordo com as vocações necessárias para a inserção de cidades na Rede de Cidades Criativas da UNESCO.


Os resultados do trabalho poderão servir de base para o desenvolvimento de vários estudos voltados para a Economia Criativa e do desenvolvimento sustentável na região da RIDE, bem como, sensibilizar a população sobre o seu papel de fiscal e responsável por esta transformação, uma vez que a RIDE apresenta características da economia nas cidades criativas.


Entre os entraves à criatividade e à sustentabilidade, podemos citar as disputas políticas e de poder entre autoridades pertencentes aos diversos entes federativos que compõem a RIDE, sendo indispensável haver um trabalho educativo com toda a sociedade no intuito de absorver a filosofia da das Cidades Criativas.


Como ampliação dos estudos e ações, pretende-se aprofundar as leituras sobre o tema, elaborar novos artigos científicos e divulgar entre a comunidade acadêmica, gestores públicos e a sociedade, de um modo geral, a capacidade de transformação da Economia Criativa.


Por fim, outra lição apreendida durante a construção do estudo foi que, por mais que uma cidade ou região pareça estar em pleno desenvolvimento, sempre haverá espaço para a inovação e construção de ações integradas capazes de fomentar a criatividade e a sustentabilidade.

REFERÊNCIAS
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